Esta palavra tem sido muito usada ultimamente.
Ainda bem, assim podemos conversar sobre isso!
Ao pesquisar o assunto descobrimos, muito rapidamente, que existem muitos diferentes modos de olhar e usar o tal do Mindfulness. No Budismo Moderno Kadampa nós usamos esse fator mental para fazer algo muito importante.
Shantideva, um mestre budista do século VIII, nos diz em um dos seus versos do Poema Guia do Estilo de Vida do Bodhisattva:
“Com todo meu esforço, devo checar regularmente
Se minha mente-elefante indomada
Não se soltou, mas continua presa
Ao grande pilar de pensar sobre o Dharma.”
Shantideva usa muitas analogias e isso nos ajuda a entender o significado das suas instruções.
Mente-elefante refere-se à nossa mente, pois como um elefante desgovernado pode destruir tudo pela frente, nossa mente, quando indomada, também destrói relacionamentos, amizades, famílias, carreiras, vidas, mas sobretudo destrói nossa oportunidade de praticar virtudes e assim acumularmos mérito. E assim como uma corda segura um elefante, a contínua-lembrança – o não esquecimento, o mindfulness, segura nossa mente.
Mas o que queremos lembrar continuamente?
Do que queremos estar mindfulness o tempo todo?
Shantideva nos aconselha a amarrarmos nossa mente indomada ao pilar de pensar sobre o Dharma.
Isso significa estar continuamente lembrando dos ensinamentos e aplicar meditação a tudo o que encontrarmos.
Buda nos deu muitos ensinamentos e não há um momento sequer que não tenhamos um ensinamento para aplicar – quando estamos felizes, quando estamos tristes, quando tudo dá certo, quando tudo dá errado.
O mindfulness para nós significa não esquecer dos ensinamentos e aplicá-los com habilidade.
Mas Venerável Geshe Kelsang Gyatso nos diz algo ainda mais impactante.
O mindfulness é a força vital da prática de Dharma.
Força vital, não é qualquer coisa!
Fica fácil de entender o porquê se fizermos a seguinte analogia ilustrando uma das engrenagens da Lei de causa e efeito.
Para alcançarmos a libertação permanente do samsara (sofrimento), precisamos realizar a vacuidade, a realização da vacuidade é como o fruto que se desenvolve na árvore da concentração que nasce no campo da disciplina moral (praticar ações virtuosas e a abster-se de ações não virtuosas).
Sem mindfulness eu não consigo praticar disciplina moral e assim não desenvolvo concentração e não colho o fruto da realização da vacuidade.
Sem essa realização não alcanço a libertação!
Mindfulness é a força vital da nossa prática de Dharma, é o que mantém nossa mente indomada nos trilhos rumo a libertação e a Iluminação.
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